Nunca é demais lembrar... Aristides de Sousa Mendes, o Cônsul que desobedeceu a Salazar e salvou milhares de pessoas que procuravam fugir ao terror nazi e à guerra.
1940 foi o ano que ficou para a posteridade como aquele em que Aristides de Sousa Mendes, cônsul português em Bordeus (França), confrontado pela política de Salazar (que era simpatizante da Alemanha nazi) e pela sua consciência, se viu obrigado a desobedecer a normas injustas e desumanas e agir somente guiado pelos princípios humanistas e cristãos - salvar todas as pessoas quantas pudesse salvar -. Para tal, passou vistos a quem quer que lhos pedisse, sem olhar a etnia, credo ou cor política. Em 1940, quando a 2ª Guerra Mundial alastrava por quase toda a Europa, quando a Alemanha nazi ocupava país após país, não querendo saber de qualquer declaração de neutralidade proferida publicamente por países como a Bélgica ou a Holanda, um visto de trânsito para Portugal, onde era possível embarcar para a América, para longe do palco da guerra, era também um visto para a liberdade.
O Cônsul Aristides de Sousa Mendes arriscou seguir a sua consciência e pagou bem caro por isso: sofreu um pesado processo disciplinar, foi despromovido e ficou reduzido à miséria, juntamente com a sua numerosa família.
Só na década de 80 seria restaurado o seu bom nome e o seu acto de coragem reconhecido pela Assembleia da República.
Para lembrar esse grande HOMEM e a sua acção grandiosa já foi criada uma fundação com o seu nome (que poderão consultar acedendo à hiperligação que se segue): http://www.aristidesdesousamendes.web.pt/
A Fundação Aristides de Sousa Mendes, fundada em 2007, tem como principal objectivo promover a defesa dos direitos humanos, inspirada pelas acções do cônsul que lhe deu o nome. Além disso, a Fundação inclui um Museu Virtual extremamente interessante. Vale a pena visitar!