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segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Nunca é demais lembrar... Aristides de Sousa Mendes


Nunca é demais lembrar... Aristides de Sousa Mendes, o Cônsul que desobedeceu a Salazar e salvou milhares de pessoas que procuravam fugir ao terror nazi e à guerra.

1940 foi o ano que ficou para a posteridade como aquele em que Aristides de Sousa Mendes, cônsul português em Bordeus (França), confrontado pela política de Salazar (que era simpatizante da Alemanha nazi) e pela sua consciência, se viu obrigado a desobedecer a normas injustas e desumanas e agir somente guiado pelos princípios humanistas e cristãos - salvar todas as pessoas quantas pudesse salvar -. Para tal, passou vistos a quem quer que lhos pedisse, sem olhar a etnia, credo ou cor política. Em 1940, quando a 2ª Guerra Mundial alastrava por quase toda a Europa, quando a Alemanha nazi ocupava país após país, não querendo saber de qualquer declaração de neutralidade proferida publicamente por países como a Bélgica ou a Holanda, um visto de trânsito para Portugal, onde era possível embarcar para a América, para longe do palco da guerra, era também um visto para a liberdade.

O Cônsul Aristides de Sousa Mendes arriscou seguir a sua consciência e pagou bem caro por isso: sofreu um pesado processo disciplinar, foi despromovido e ficou reduzido à miséria, juntamente com a sua numerosa família.

Só na década de 80 seria restaurado o seu bom nome e o seu acto de coragem reconhecido pela Assembleia da República.

Para lembrar esse grande HOMEM e a sua acção grandiosa já foi criada uma fundação com o seu nome (que poderão consultar acedendo à hiperligação que se segue): http://www.aristidesdesousamendes.web.pt/
A Fundação Aristides de Sousa Mendes, fundada em 2007, tem como principal objectivo promover a defesa dos direitos humanos, inspirada pelas acções do cônsul que lhe deu o nome. Além disso, a Fundação inclui um Museu Virtual extremamente interessante. Vale a pena visitar!


domingo, 29 de novembro de 2009

Direitos Humanos: defendidos pela ONU, oficialmente, desde 1948


Dia 10 de Dezembro,assinala-se mais um aniversário sobre a publicação da Declaração Universal dos Direitos Humanos, pela Assembleia Geral das Nações Unidas (10 de Dezembro de 1948).
Em Portugal, foi Publicada no Diário da República, I Série A, n.º 57/78, de 9 de Março de 1978, mediante aviso do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Podes consultar o sítio online do Diário da República - Diário da República Electrónico (dre), clicando na hiperligação que se encontra abaixo.

http://dre.pt/util/pdfs/files/dudh.pdf

1580-1640: Da União Ibérica à Restauração da Independência Portuguesa

Aproxima-se mais um 1º de Dezembro e com ele mais um anivesrário da Restauração da Independência Nacional. Foi há 369 anos.
Segue-se uma apresentação multimédia para recordar essa data.

Da União Ibérica à Restauração da Independência

sábado, 25 de abril de 2009

A origem dos cravos na Revolução

Sabes por que é que apareceram os cravos nas pontas das espingardas da Revolução de Abril? Há várias histórias, todas elas plausíveis. Isabel Araújo Branco investigou e contou a história. Aqui fica para ti.
Todos conhecem os cravos, poucos as mãos de onde saíram. A história mais divulgada sobre o aparecimento dos cravos no 25 de Abril foi protagonizada por Celeste Caeiro.
O cravo transformou-se num símbolo de Portugal para o mundo, a insígnia mais marcante do nosso país no século XX, juntando o regime fascista e a libertação revolucionária. Existem três versões sobre o aparecimento dos cravos no dia da Revolução, todas elas simultâneas, independentes e credíveis.
De acordo com a primeira, as flores surgiram devido a um casamento marcado para o dia 25 que não se pôde realizar por as conservatórias estarem fechadas. A segunda conta que uma empresa de exportação de flores tinha um carregamento de cravos para enviar para o estrangeiro, mas, com o aeroporto encerrado, as flores foram mandadas para o Rossio.
A terceira versão é a mais conhecida e apresenta-se com um rosto que conta a história na primeira pessoa. A protagonista é Celeste Martins Caeiro, hoje prestes a fazer 67 anos, reformada e militante do PCP há seis anos. Tudo foi fruto de coincidências, de «acasos felizes», como ela diz.

A HISTÓRIA

Habituada a contar como tudo se passou, Celeste repete mais uma vez o que aconteceu na manhã do 25 de Abril. «Eu trabalhava num restaurante na Rua Braancamp. A casa fazia um ano nesse dia e os patrões queriam fazer uma festa. O gerente comprou flores para dar às senhoras, enquanto que aos cavalheiros se daria um porto. Nesse dia, quando chegámos, o patrão explicou que não ia abrir o restaurante, porque não sabia o que estava a acontecer, e disse-nos para levarmos as flores connosco. Chegámos ao armazém e vimos que eram cravos vermelhos e brancos. Cada um levou um molhe.»
De regresso a casa, Celeste apanhou o metro para o Rossio e dirigiu-se ao Chiado. Deparou-se de imediato com os tanques. «Era um aparato! Quando vi aquilo... Bem, não há palavras. Sabia que alguma coisa se ia dar. E para bem, eu sentia que era alguma coisa para bem», diz.
«Cheguei ao pé do tanque e perguntei o que é que se passava. E um soldado respondeu-me: "Nós vamos para o Carmo para deter o Marcelo Caetano. Isto é uma revolução!" "Então, e já estão aqui há muito tempo?", perguntei eu. "Estamos desde as duas ou três horas da manhã. A senhora não tem um cigarrinho?" "Não, eu não fumo. Se tivesse alguma coisa aberta, comprava-vos qualquer coisa para comer, mas está tudo fechado. O que eu tenho são estes cravos. Se quiser tome, um cravo oferece-se a qualquer pessoa." Ele aceitou e pôs o cravo no cano da espingarda. Depois dei a outro e a outro, até ao pé da Igreja dos Mártires. Foi lindo...»
«Correu tudo muito bem», diz Celeste. «Tinha de correr, pois os cravos estavam nas espingardas e elas assim não podiam disparar...».

Texto de Isabel Araújo Branco, publicado no jornal "Avante!"

Vê também o sítio:
http://sincronicidade.wordpress.com/2006/04/24/celeste-e-os-cravos-a-poesia-da-revolucao/

Capitão Salgueiro Maia

 Caros alunos, agora poderão aceder à biografia do Capitão Salgueiro Maia clicando no link abaixo "Cravos Revolucionários".

http://cravosrevolucionarios.blogspot.com/search/label/25%20de%20Abril

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Bem-vindos

Bem-vindos ao meu blogue.

Este será um espaço de divulgação da História, especialmente destinado aos meus alunos, embora outros sejam igualmente bem-vindos.